segunda-feira, 22 de março de 2010

Um Jardim mais Florido

Não estou mais acostumada a ir a festas onde a concentração de gente bonita é grande. Ou como diz uma amiga, com o “jardim florido”. Sábado fui milagrosamente fui a uma festa assim: com muita gente bonita, em um lugar bacana, onde tocou só música boa. Não estou mais acostumada porque minhas ultimas festa tem seguido uma linha bem dividida: onde a musica é boa, não tem muitas pessoas bonitas, ou com a mesma opção sexual que a minha. Onde a musica é ruim, mas no estilo que gosto, as pessoas são mais bonitas, e com a mesma opção sexual que a minha. E por causa dessa seqüência de festas me desacostumei a ver gente bonita. Porque, diga-se de passagem, não estou mais freqüentando lugares onde o que me agrada é o “jardim florido”.
Não me senti bem. Não me senti a vontade.
Porque foi uma festa onde há pessoas que te deixam pensando que você deveria ser mais magra, estar com uma roupa mais bonita e que deveria, quem sabe, mudar a tonalidade do cabelo para loiro champanhe. Com que moral se fica?
Sinceramente quando sai de lá fiquei me perguntando se não preferia festas onde as pessoas não são tão lindas.
Parece que nós, menos favorecidos de beleza, temos liberdade para conversa, para fazer charminho. E a pessoa que chega em você também joga mais charme. Rola uma conversa, uma trova, uma troca de informação. E por mais que não dê em nada, acaba-se conhecendo pessoas novas.
Nas festas aonde vai uma grande população de pessoas belas, parece que o único jeito de chegar em alguém é através de agarrar a força, ficar no meio da pista dançando e esperando que algo aconteça, estar em uma fila e ser puxada pela mão. A coisa mais chata.
Odeio caras assim, e são nessas festas, de pessoas bonitas, que esse esquema tático de trova masculina funciona.
Sábado me senti voltando no tempo, em que as festas que eu freqüentava eu ficava com caras assim.

2 comentários:

Tarsila Pereira disse...

Então, é como diz o ditado: "beleza não poe a mesa"

Unknown disse...

medo de festa hetero! pra mim "gente bonita" sempre lembra corrente de prata, luzes em cabelos quilométricos e roupa de puta.

mas homem que chega conversando civilizadamente é incrível mesmo.

pri.