segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fuck You

(Esse texto eu escrevi faz um tempo, mas só pra atualizar tá valendo)

To passando por um momento bem estranho, e típico ao mesmo tempo. Afinal qual mulher, e porque não pessoa, perdeu a habilidade ou jeito de agir quando conhece um cara que ao primeiro momento parece bacana? Digo ao primeiro momento porque a falta de habilidade para agir é tanta que o pobre coitado foge assustado antes de a gente ter uma chance de conhecer o caráter do mesmo.


Tudo começa com a minha total falta de coragem de puxar papo. Tá, isso até é perdoável. Mas minha falta de coragem chega a tanta que quando ela aparece é sempre impulsionada pelo nível elevado de álcool circulando nas minhas veias. Em fim a coragem vem e com ela a queda no nível do meu QI. Sinceramente, nós mulheres, não gostamos quando um cara chega na gente com algum papo idiota. Só que não pensamos na situação inversa, e nos mesmos anseios e neuras que a gente cria, eles também fantasiam. Então admiro o cara que sabe chegar a uma mulher com uma sacada legal, e se ele puder me dar aulas, ficarei feliz.

E finalmente alguma das partes toma coragem de fazer uma aproximação, onde me isento de toda a responsabilidade. Rola algo legal. Ele fica com o seu telefone, dizendo que vai ligar, pode ocorrer de não vir acontecer nunca, e você esquece que um dia ele existiu. O mesmo vale se só ele ficou com o seu MSN. Se isso não acontecer o próximo passo seria seguir a regra dos Três Dias.

Você fica com o telefone dele, e espera Três Dias para ligar. Mas eu, por exemplo, não me agüento e no dia seguinte já mando mensagem dizendo que gostei de conhecer ele. E quando ele não responde, eu ligo. BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ... ERRADO!

Vocês trocam MSN, e espera Três Dias para adicionar ele. Eu não consigo esperar Três Dias pra ver se ele vai me adicionar. BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ... ERRADO!

E depois que adiciono ainda vou puxar papo achando que ele realmente está super interessado. BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ... BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ... ERRADO!

(Abro parênteses aqui para ressaltar que está é a regra dos três dias que consiste em esperar três dias para esperar por um sinal de vida do moço, ou dar um sinal de vida sem parecer que você está mega afim dele)

E com isso tudo a possibilidade de eles fugirem é de 9 pra 10, e infelizmente eu to sem habilidade nenhuma pra simplesmente deixar as coisas irem. Minha impaciência com as coisas faz com que eu aja assim. Ah, mas quem disse que só os homens podem tomar a iniciativa?



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Então acho que este post será sobre como anda a minha vida...

Nossa quanto tempo faz que não ando por aqui? Alguns séculos. Não foi a falta de vontade de escrever que, geralmente, me acomete. Tinha até um assunto que queria escrever. Até pensei que estava na hora de parar de ficar de “mimimi” aqui e mostrar um pouco da Liege que não é carente, nem muito afetuosa. E com certeza sem nenhuma sutileza. Nem o twitter eu atualizo mais.

Confesso que andei meio depressiva algumas semanas atrás, mas já passou e o mundo ficou mais leve.

1ª coisa a relatar é que em janeiro me mudarei em definitivo para Porto Alegre. Ta eu sei que falta dois meses, mas é uma coisa certa que vai acontecer. Vou dividir essa experiência nova com uma pessoa especial que é meu amigo Diego. Ele não é gay. Então pode parar de levantar essa sobrancelha, franzir a testa. Antes que você fale, dormiremos cada um no seu respectivo quarto.
Sério.
Desde que essa história surgiu e eu conto para alguém, é sempre a mesma coisa: “Ahaaaaammmm, sei amigo!”. E ele ouve: “Tu vai é casar seu malandro”.
NÃO, NÃO VAMOS CASAR.
 Como as pessoas são maldosas, e não acreditam em uma amizade verdadeira. Eu acredito, e estou adorando fazer planos sobre a nossa futura moradia.

2ª coisa que tenho pra falar é que devido a alguns fatores pessoais, ando muito cética e não vendo o mundo colorido. Mas são palavras da minha mãe. Pra falar a verdade eu estou meio que me fudendo pro mundo. Meus amigos verdadeiros não cabem em duas mãos, e sinceramente sou muito feliz assim. Como dizia Pedro Bial: “Poucos e bons amigos”.

A 3º coisa é que eu preciso urgentemente viajar. Não sei pra onde. Mas logo!

Creio que é isso meus queridos e poucos freqüentadores do blog.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Elástico gasto

Tá estou há um bom tempo sem postar nada. Por preguiça, por descaso, sei la. Aconteceu tanta coisa que foram acumulando e cada vez que eu pensava em atualizar tinha muito o que escrever. Mas esse post será sobre uma teoria que eu desenvolvi de ontem pra hoje.

Creio que passamos por 3 fases quando estamos solteira, e maduras o suficiente.

Logo que um namoro acaba queremos ir a forra. Sair para qualquer lugar, pegar quem vier pela frente. Essa fase dura de 6 meses a 1 ano. Os relacionamentos são vazios. É literalmente o que vier pela frente a gente pega.   Todo dia é dia de festa, e todo lugar é lugar para festa.

Depois vem a fase intermediária. As festas não são mais algo que nos preenche. Os homens também. A gente sabe disso, mas mesmo assim continuamos achando que festa é festa, e que todo dia é dia. Queremos que esses relacionamentos noturnos durem até o dia clarear e que não seja apenas mais um. Mesmo assim continuamos pegando caras que só preenche as noite e somem a luz do dia. É quase uma fase depressiva, algumas de nós fica sem muita vontade de sair e define só um dia pra festa: sexta ou sabado. E não mais de segunda à segunda. E achamos que agora estamos pronta para nos apaixonar e namorar alguém. Como se esse alguém fosse cair do céu. Bom a unica coisa que caiu na minha cabeça até hoje foi chuva.

Daí vem a 3º fase. Assumimos de vez a vida de solteira. Saímos para lugares onde a música nos agrada, as pessoas tem mais haver com nós, e onde podemos curtir a companhia dos amigos. Ficamos mais tranquilas, pois - acho - que aprendemos a gostar de ser solteira. Eu gosto. Mas para algumas de nós mulheres é uma fase onde desaprendemos a nos relacionar com o sexo oposto. Somos frias e relacionamentos superficiais, onde só haja sexo, nos agradam. Sem alguém para nos prender ou cobrar. E daí quando aparece alguém legal pensamos em casamento, em uma vida a dois, mil sonhos. Eu, pelo menos, não sei mais como agir na arte da conquista. Ou sou muito fria ou muito pegajosa. Digamos que eu me entregue rápido demais. Mas também se não sou correspondida logo de cara descarto tão rápido quanto um papel que rabisquei algo errado: rasgo do meu caderninho e jogo fora. E tento novamente, cada mais fria e sarcástica do que antes. Uma amiga usou uma metáfora que cabe bem a este momento.



Somos um elástico que vai e volta com a mesma intensidade, mas depois de um tempo esse elástico desgasta e já não volta mais com a mesma força.   



Não estou querendo generalizar. Muitas mulheres conseguem namorados em qualquer uma das fases, o problema é que para algumas, como eu, cada vez fica mais difícil de apegar a alguém.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sem saco...

Estou sem saco pra escrever, por isso vou postar um video.

Claro que ele vai ao ar, quando eu tiver afim de fazer ele.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O desafio...

Eu desafiei o meu amigo Murad, do blog Nada melhor que bons momentos!, a escrever um post pro seu blog como se fosse meu vizinho. Já que ele estava inspirado eu lancei o desafio.

EM BREVE VOCÊS PODERAM CONFERIR COMO O CONTO FICOU.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Querido vizinho: Parte 2

Não bastava eu ter que fazer muitas compras no mercado começa a chover torrencialmente. Porque claro eu esperei minha geladeira ficar inabitada para resolver comprar alguma coisa para enche-la. Pobre coitada, quando abri ela hoje de manhã só havia gelo e um pedaço de queijo. E agora essa chuva. Hoje realmente não é o meu dia. Corri contra a chuva, que me deixou ensopada, e contra o vento que me deixou desgrenhada. Segurando quilos de compras. Hoje realmente não é o meu dia.

- Seguuuuura esse elevador. 

Gritei e sai correndo. Esperando que o vulto que tinha entrado no elevador fosse gentilmente segurar a porta, e não fazer como o seu Antônio do 312 que me viu uma vez correndo e não quis segurar o elevador, e fez até questão de fechar a porta. Segundo ele eu estresso a sua cadelinha Mimi. 
O vulto segurou o elevador. Então não devia ser o Seu Antônio. Ainda bem. Sai correndo molhada, descabelada e cheia de sacolas. De canto percebi que o Dirceu, porteiro da noite ficou rindo da minha cara. Eu devia estar mesmo muito engraçada, mas muito irritada. Da próxima ele ia ouvir poucas e boas.

Entrei correndo no elevador molhada, descabelada e com as compras nas mão. Ah e a minha chave na boca.

- Obrichada. O fincho ãndrar, pór fravor.
- Eu sei.

Quando olhei pro lado vi o vizinho da frente parado comigo dentro daquele elevador minúsculo. Droga! Mil vezes droga!, pensei. Sorri debilmente para ele. E com as chaves na boca tentei dar uma risadinha sem graça. 

Segundo andar...

Olhei pro lado novamente e vi ele me olhando. E com um sorrisinho safado na cara. Olhei para cima de novo, para o contador de andares. Como se assim ele fosse andar mais rápido. Não aguentava mais o peso daquelas sacolas. Bem que ele podia me oferecer ajuda, como um bom homem, pensei

Terceiro...

- Chuva ruim, hein?
- Uhum... 
Sério que tá chuvendo? Nem tinha notado.

Quarto andar...

Quinto... 

E finalmente as portas se abriram. Bem que ele poderia me oferecer ajuda, pensei de novo. Ele pelo jeito não era um bom homem. Caminhei até o meu apartamento, e ele me seguindo como um cão perdigueiro. O pior foi ele começar a assobiar durante o curto trajeto. Acho que era Jingle Bell Rock. Credo, faltam 6 meses para o natal. Em que mundo esse cara vive. Faltando dois metros para a porta do meu apartamento ele me ultrapassa na caminhada pelo corredor. 

Na frente da minha porta ele gentilmente tira as chaves da minha boca e com uma maestria, que nem mesmo eu tenho para achar a chave certa, abre a porta pra mim. Então fico com aquela minha típica cara de abobada olhando a cena. 

-Não vai entrar? Ele pergunta.
- Uhum...

Eu entro e vou largar as compras na cozinha. Vou convidar ele pra jantar. Em agradecimento é óbvio, que segundas intenções eu poderia ter? Sexo! Sexo! Sexo!... Quando voltei para a porta não havia mais ninguém ali no corredor. E a porta do apartamento da frente estava fechada. Fui largada no vácuo total. Puts merda! Fechei a porta e me voltei para dentro do meu cubículo, que carinhosamente chamo de apartamento. Quando passei pelo espelho na sala percebi uma coisa. Uma não várias: eu estava molhada, com o cabelo bagunçado e cheio se folhas. Horrível! Não tirei a razão dele de fugir e se esconder no seu apartamento. 

Enquanto isso no apartamento da frente.

Hmmmm... que gostosa! A coitada nem viu que a camiseta dela tava transparente de tão molhada...




...Continua ...


Este texto é um CONTO, então... Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência! 

terça-feira, 6 de julho de 2010

Querido vizinho...

Cheguei correndo do trabalho. Super destraida, perdida em meus pensamentos. Mal notei o caminhão da mudança parado na frente do meu prédio. Fui perceber a movimentação quando quase fui atropelada por um sofá. Já ia xingar os carregadores quando me depareiu com ele. Nossa que corpo. Ele estava sem camisa carregando um dos lados do sofá. Abri a boca para balbuciar alguma coisa. Mas não saiu nada. Ele me pediu desculpa. Abri a boca novamente para responder e nada saiu. Fiquei atonita com aquele ser na minha frente. Murmurei qualquer coisa. E me fui para o elevador. Quando cheguei casa fui para o banho. Lá me veio o pensamento – Quando eu me mudar denovo vou chamar essa compania de mudanças -.

Fiquei tão destraida com aquele monumento que nem notei que a mudança era do vizinho do apartamento da frente. Então qual não foi a minha surpresa em ir pegar o jornal pela manhã, na porta do meu apartamento e dar de cara com o carregador de sofá saindo do apartamento da frente. Mas agora ele usava mais roupas. Uma camiseta branca e jeans surrados. E eu daquele jeito. De pijama com vaquinhas rosas, que ganhei no natal passado de algum parente com mal gosto, e nas mãos a minha xícara de café. E o meu cabelo? O mais esculhambado possível, porque afinal o dia não começa sem o meu jornal e o meu café. 

Mas voltando ao vizinho da frente. 

Novamente fiquei de boca aberta, mas dessa vez foi de susto. Afinal cadê a Dona Maria, uma senhora com 80 anos meio rabugenta que morava no apartamento da frente e tinha um gato muito feio. Semana retrasada tinha visto ela reclamando com o zelador sobre as normas de conduta dos moradores. Será que ela tinha morrido? O carregador era filho dela? Sobrinho? Será que era o namorado? Vai saber nos dias de hoje.  Ele notou a minha cara de abobada olhando para ele. Abriu um sorriso que me fez derreter e disse: 
- Bom dia. 
Eu ainda sem conseguir falar franzi a testa com um questionamento silencioso. 
- Ah, eu me mudei semana passada. 
- Hm!
- Hm, sou seu novo vizinho da frente.
Sim, isso eu havia notado.
-Uhum...
- Ah... hã... Prazer então
E entrou no elevador. 
Quando fechei a porta e conseguir fechar a minha boca, ai que a ficha caiu. Droga! pensei. Me escorei na porta, mas a minha vontade era de bater com a minha cabeça na parede. Droga! Isso deve ser falta de sexo! Droga! Droga! Droga! Eu só faltei babar! Sua imbecil! Pensei. Coloquei a mão na cabeça para ver se estava com febre. É deve ser falta de sexo! 
Dai me lembrei que o café estava esfriando na minha mão...



...Continua ...


Este texto é um CONTO, então... Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência!